...editora fenda... fenda edições, 30 anos no arame

Guy Debord ~ movemo-nos na noite sem saída e somos devorados pelo fogo


(capa da 2ªed)
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Tradução de Júlio Henriques
1ªed, Fenda 1984
2ªed, Fenda 1995
colecção fósforo 1
Capa de João Bicker
Lisboa, Maio de 1995
[1000 exemplares]

No cinema, Debord propôs-se sempre nada fazer do que nele se fazia, fazendo quanto nele se não fazia. Entre 1952 e 1994, cada um dos seus filmes - bem concebidos, agravando-lhe o caso - confirmou esta detestável ambição.
Como é sabido, a sociedade deixou de ter «artistas malditos» a partir da destruição da própria arte, a isso sucedendo a promoção de qualquer fulano de boa vontade ao estatuto de pequeno funcionário da cultura. Tendo o negativo sido o cinema ainda menos apreciado que no resto, caso Debord nunca tivesse feito filmes talvez nem houvesse nenhum cineasta maldito. O mundo respondeu aos seus excessos considerando-o perfeitamente insignificante.